OCORRÊNCIAS DE ÓBITOS FETAIS E SUAS CAUSAS NA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DE MATO GROSSO

Valéria Regina Fracaro, Leda Maria de Souza Villaça, Luciana de Vargas

Resumo


Introdução: Os óbitos fetais, perinatais ou nascidos mortos/natimortos são definidos como como a morte do concepto, antes que o produto da gestação seja extraído do corpo materno; ou seja, trata-se do óbito ocorrido no ventre da mãe. Objetivo: Este estudo procura analisar as causas dos óbitos fetais ocorridos na Região Noroeste do Estado de Mato Grosso, no período de 2008 a 2013. Método: Este estudo, quantitativo do tipo documental levantou dados na Vigilância em Saúde do Escritório Regional de Juína-MT. As ocorrências dos óbitos fetais foram levantadas no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e dos nascidos vivos utilizadas na formulação das taxas de mortalidade foram levantadas do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). Conclusão: Fetos e recém-nascidos afetados por afecções maternas, não obrigatoriamente relacionadas com a gravidez atual, complicações maternas da gravidez, complicações da placenta, do cordão umbilical e das membranas e hipóxia intrauterina são algumas causas de óbitos fetais detectadas no estudo. Uma morte fetal de causa não específica sugere a necessidade de esforços concentrados, especialmente na melhoria do preenchimento das Declarações de Óbitos, e em uma melhor assistência pré-natal e assistência ao parto, para que tenhamos uma redução do número de óbitos fetais nos municípios da região Noroeste do Estado de Mato Grosso.
Descritores: Óbito fetal; Causas; Mato Grosso.

Referências


BARBIERI, Marco A. SILVA Antonio AM. BETTIOL Heloí­sa; GOMES, UILHO A. 2000. Fatores de risco para a tendência ascendente do baixo peso ao nascer em nascidos vivos de parto vaginal no sudeste do Brasil. Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). v. 34, n. 6, ano 2000.

BARRETO ML, Genser B. et al.. Effect of city-wide sanitation programme on reduction in rate of childhood diarrhoea in northeast Brazil: assessment by two cohort studies.In PubMed, 27 de novembro de 2007. Disponí­vel em: Acessado em: 11 nov. 2014.

BITTAR, Roberto Eduardo; ZUGAIB, Marcelo. Indicadores de risco para o parto prematuro. Departamento de Obstetrí­cia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP – São Paulo - SP, 2009.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Polí­ticas de Saúde. írea Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico. Secretaria de Polí­ticas de Saúde, írea Técnica de Saúde da Mulher – 4ª edição – Brasí­lia: Ministério da Saúde, 2002.

______. Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2010: uma análise da situação de saúde e de evidências selecionadas de impacto de ações de vigilância em saúde. Brasí­lia, 2010.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Polí­ticos de Saúde. írea Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Ministério da Saúde, Secretaria de Polí­ticas de Saúde, írea Técnica da Mulher. – Brasí­lia: Ministério da Saúde, 2001.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual de vigilância do óbito infantil e fetal e do Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. 2.ed. – Brasí­lia : Ministério da Saúde, 2009.

______. Ministério da Saúde. Vigilância em Saúde: dados e indicadores selecionados em 2003. Brasí­lia, jan./dez. 2004.

CARVALHO, W. O.; SOARES, D.A. Causas reduzí­veis de morte perinatal em três municí­pios brasileiros. Revista Ciência, Cuidado e Saúde Maringá, v. 1, n. 1, p. 83-88, 1. sem. 2002.

CECATTI, J.G.; AQUINO, M.M.A. Causas e fatores associados ao óbito fetal. Revista Ciência Médica , Campinas, v. 7, n. 2, p. 43-48, maio/agosto 1998.

CECATTI, José Guilherme; Aquino, Marcia Maria Auxiliadora. Causas e fatores associados ao óbito fetal. Rev. Ciênc. Med., Campinas, 7(2): 43-48, maio/agosto, 1998.

COSTA, R. et al.. Polí­ticas públicas de saúde ao recém-nascido no Brasil: reflexos para a assistência neonatal. Revista de Saúde Pública. 2002; 36(6): 759-772.

LEITE, A. J. M.; SILVA, A, C. Mortalidade Infantil: Indicadores das condições de vida das populações. Rev. de Pediatria do Ceará 2000; 1(2): 8-15.

LOURENÇO, E, C.; BRUNKEN, G, S.; e LUPPI, C, G. Mortalidade infantil neonatal: estudo das causas evitáveis em Cuiabá, Mato Grosso, 2007. Epidemiol. Serv. Saúde vol.22 no.4 Brasí­lia Dec. 2013.

MARCONI, M, A., LAKATOS, E, M. Fundamentos de metodologia cientí­fica. 7. ed. 4ª. reimpressão. São Paulo: Atlas 2010.

MOREIRA, Laura M. C et al.. Polí­ticas públicas voltadas para a redução da mortalidade infantil: uma história de desafios. Rev Med Minas Gerais 2012; 22.

NOGUEIRA, P.J. et al.. Estudo comparativo do número de óbitos e causas de morte da mortalidade infantil e suas componentes (2009-2011).

OLIVEIRA, H. et. Organização Mundial de Saúde. Classificação Estatí­stica Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde. 9ª ed. EDUSP, São Paulo, 2003.

ORTIZ, LuisPatricio. A Mortalidade Perinatal no Brasil 2000-2010. XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, da Abep. íguas de Lindóia/SP – Brasil, 2012.

REDDY, UM et al.. Stillbirth Classification-Developing an International Consensus for Research: Executive Summary of a National Institute of Child Health and Human Development Workshop. Obstetric sand Gynecology, Hagerstown, v. 114, n. 4, p. 901-914, 2009.

SERRUYA, S. et al.. O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde no Brasil: resultados iniciais. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(5):1281-1289, set-out, 2004.

SILVA, Patrí­cia Abrantes. 2007. Humanização no cotidiano do(a) enfermeiro(a) ao cuidar de mulheres durante o parto. Faculdade de Ciências da Saúde – FACS – Brasí­lia, 2007.

VARDANEGA, K. et al.. Fatores de risco para natimortalidade em um Hospital Universitárioda Região Sul do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrí­cia , Rio de Janeiro, v. 24, n. 9, p.617-622, Out 2002.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.