A INTERCULTURALIDADE NA EDUCAÇÃO INDÍGENA

Genivaldo Alves da Silva, Viviana Gomes

Resumo


A interculturalidade ocorre pelo entrecruzamento de culturas, nesse âmbito, a educação indígena ocupa um lugar de destaque, pois o intercâmbio que surge entre sociedades distintas, nessa modalidade de ensino, é evidente e mobiliza muitas ações de planejamento e condução do processo pedagógico. O presente artigo se configura como um estudo bibliográfico, que propõe discutir o conceito de interculturalidade, expor um breve contexto sobre a etnia Rikbaktsa ou povo canoeiro como são conhecidos, localizado as margens do rio Juruena e distribuídos em trinta e quatro aldeias.  Apresentar a implantação das escolas indígenas no Estado de Mato Grosso, que teve seu processo de consolidação em território mato-grossense no início do período colonial e hoje se destaca em todo território nacional.  Relatar o contexto da Escola Indígena Pé de Mutum, da Rede Estadual de Ensino, localizada no Município de Juara-MT, que abrange várias aldeias através de salas anexas e possui alunos matriculados em diferentes modalidades de ensino. Contudo, há ainda muitos obstáculos a serem vencidos para que o objetivo da educação indígena seja, alcançada, assim, o processo de interculturalidade se caracteriza como um importante mecanismo de garantia de aquisição de conhecimentos diversos e do direito à identidade cultural das sociedades.

Texto completo:

PDF

Referências


CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia cientifica: para o uso dos estudantes universitários. 3 ed. São Paulo, McGraw-hill do Brasil, 1983.

DONSTAUDER, João Evangelista. Como Pacifiquei os Rikbáktsa. Instituto Anchieta de Pesquisas. São Leopoldo. Rio Grande do Sul. 1975.

FERREIRA, João Carlos Vicente. Mato Grosso e Seus Munícipios. Cuiabá: Secretaria de Estado da Educação, 2001.

FERREIRA, João Calos Vicente; Silva e Costa, Paulo Pitaluga. Breve História de Mato Grosso e de Seus Munícipios. Cuiabá, 1994.

MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares: Diversidades Educacionais. SEDUC. Cuiabá. Gráfica Print, 2012.

MENDONÇA, Terezinha Furtado de. Gestão escola: interculturalidade e protagonismo na escola Indígena. Cuiabá-MT: EdUFMT, 2009. 150 p; 21 cm (coletânea Educação Escolar Indígena; v. 6)

NABITA, Eribeto; TSIBATSIBATA, Matias; BUTAMY, Tarcisio. RIKBAKTSA HARERE PINYMYRY: Vamos Aprender a Língua do Povo Rikbaktsa. Trabalho de Conclusão de Curso. UNEMAT: Barra do Bugrues MT, 2006.

NEIRA, Marcos Garcia; NUNES, Mário Luiz Ferrari. Educação Física, currículo e Cultura. São Paulo: Phorte, 2009. 288p.

PIRES, Paula Wolthers de Lorena. Rikbaktsa: um estudo de parentesco e organização social. São Paulo: Humanitas, 2012. 170 p (produção acadêmica premiada)

OLIVEIRA, M.T. Etnolinguística: semelhança e diferenças Tupi e Macro-Jê. Revista Científica da Ajes. V.4.p.79-88, 2013.

SILVA, Léia de Jesus. Aspecto da Fonologia e morfologia na língua Rikbaktsa. 2005. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Instituto de Letras. Departamento de Linguística, língua Clássicas e Vernácula. Universidade de Brasília, Brasília. Disponível em: http//www.etnolinguistica.org/local— files/tese:silva2005a/silva_2005.pdf.Acesso em: 13,fevereiro, 2015.

SIQUEIRA, Elizabeth Madureira. História de Mato Grosso: Da ancestralidade aos dias atuais. Cuiabá: Entrelinhas, 2002. 272 p; 28 cm.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.