ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE JUÍNA NO PERÍODO DE 2004 A 2013

Diógenes Alexandre da Costa Lopes, Leandra Gerusa Pereira

Resumo


Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar a taxa de incidência de hanseníase no município de Juína/MT, no período de 2004 a 2013. Material e método: Para tanto, foi realizada uma pesquisa documental com abordagem quantitativa, com recorte temporal de dez anos, sendo analisados os anos de 2004 a 2013, utilizando dados secundários de notificações de casos de hanseníase por meio do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram incluídas as seguintes variáveis: a idade do paciente, gênero, raça/cor, a escolaridade, a zona de residência, a forma clínica (Indeterminada, Tuberculóide, Virchowiana e Dimorfa), classe operacional (Paucibacilar e Multibacilar), bairro, o modo de detecção e modo de alta. Os dados foram quantificados anualmente em frequência absoluta, frequência relativa, média, desvio padrão e taxa de incidência anual por cada 10.000 habitantes. Resultados: Constatou-se que o município de Juína é uma região hiperendêmica para a doença, com taxa média de incidência de 16,42/10.000 habitantes ao longo do período proposto para o estudo, com modo de detecção por demanda espontânea predominante de 51,4%. Em relação às características sociodemográficas dos portadores de hanseníase, houve o predomínio de casos no gênero masculino apresentando 54,7%, em brancos com 43,4%, que estudaram até a 4ª série totalizando 33%, com média de faixa etária 41,1 anos e residentes da zona urbana com 87%. Foi observado maior registro de casos multibacilares (52%) e na forma clínica dimorfa (37,2%) seguida da Indeterminada (32,7%), a cura predominou em 84% dos pacientes e o bairro Módulo 05 teve maior ocorrência com 44,7% dos casos da doença, porém acredita-se que este seja o bairro mais populoso do município. Conclusão: Apesar de diagnosticados muitos casos de hanseníase indeterminada, a dimorfa é predominante, o que é indicativo de diagnóstico tardio, devendo-se efetivar ações que identifiquem a doença precocemente, principalmente no bairro mais acometido.
Palavras-chave: Hanseníase; Juína; Incidência.

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