INCONTINÊNCIA URINÁRIA: PREVALÊNCIA E IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS DO MUNICÍPIO DE JUÍNA-MT

Khettlen Krindges, Veronica Jocasta Casarotto

Resumo


O envelhecimento humano (senescência) é um processo natural e progressivo, que diminui a reserva funcional do indivíduo, podendo resultar em alterações físicas, como o surgimento da incontinência urinária (perda involuntária de urina). O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de incontinência urinária, bem como os impactos causados na qualidade de vida de idosas não institucionalizadas. Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo realizado com idosas de 60 anos ou mais, residentes no município de Juína-MT, frequentantes do centro de convivência para terceira idade - Vó Paixão, onde foi aplicada a entrevista para obtenção de dados sociodemográficos, clínicos e pessoais e questionários para verificar a prevalência de incontinência urinária e o quanto a mesma afeta a qualidade de vida, sendo o International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) e o King’s Health Questionnaire (KHQ). O KHQ possui escore que varia de 0 a 100, quanto maior, pior é a qualidade de vida. Participaram do estudo 55 idosas, média de idade de 69,1 anos, destas, 26 (47,3%) apresentaram incontinência urinária, sendo em 84,6% a do tipo incontinência urinária de esforço. Por meio do ICIQ-SF foi verificado em 42,3% impacto muito grave na qualidade de vida e no KHQ destacou-se maior média (51,28) no domínio impacto da incontinência urinária, seguida da percepção geral de saúde (46,15), nos demais domínios houve médias menores que 30,12 pontos. Com os achados verificou-se alta prevalência de incontinência e mesmo com o grande impacto na vida das idosas, as mesmas buscavam realizar suas atividades e manter suas relações sociais.

Palavras-chave


Idosas; Incontinência urinária; Prevalência; Qualidade de vida

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