DISPONIBILIDADE E CONDIÇÕES DOS ESFIGMOMANÔMETROS E ESTETOSCÓPIOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO NOROESTE MATO GROSSO

Resumo

A hipertensão arterial sistêmica é uma patologia crônica não transmissível de alta prevalência, sendo o controle e o diagnóstico imprescindível na redução de patologias crônicas. No Brasil, 40,6 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão em atividade, com a função de atender a população que reside na área abrangente da Unidade. Objetivo Analisar o estado de conservação e disponibilidade dos esfigmomanômetros e dos estetoscópios utilizados no atendimento da Atenção Primária em um Município da Região Noroeste de Mato Grosso. Métodos Pesquisa descritiva, transversal, de campo, com abordagem quantitativa, onde foram analisados a disponibilidade e condições dos esfigmomanômetros e estetoscópios de 10 Unidades de Saúde. Resultados Aproximadamente 50% do total dos esfigmomanômetros presentes nas Unidades não estavam funcionantes, já os estetoscópios utilizados apresentaram melhores condições gerais 27 funcionantes de 32 aproximadamente 85%, porém menos de 10% era de câmpanula infantil. Os esfigmomanômetros empregados para a verificação da PA eram predominantemente do tamanho adulto 12 cm e algumas Unidades contavam com o infantil, destaca-se a ausência de manguitos tamanho obeso em todo o município. Os problemas de integridade dos esfigmomanômetros foram descosturados 22,2%, problemas na extensão 22,2%, bolsa de manguito com vazamento de ar 3,7%, aparelho costurado manualmente 11,1%, aparelhos descalibrados 33,3%, extensões danificadas 22,2%. Nos estestoscópios problemas na extensão 6,3%, diafragma danificado 12,5%, oliva danificada 3,1%, oliva e diafragma 3,1%. Conclui-se que,100% das UBS não possui tamanho de manguitos obesos 16 cm fator que pode ocasionar hiperestimação em braços com circunferência acima da média. Apenas 22% dos manguitos utilizados nas UBS eram direcionados a circunferência braquial infantil. A indisponibilidade de tamanhos diferentes de manguitos permanece como um desafiante problema a ser enfrentado nas UBS sendo imprescindível uma adequação nas práticas executada com o tamanho adequado de manguitos.