O SOL DA LIBERDADE: ECLIPSE DA NARRATIVA DE REVELAÇÕES DE EUCLIDES DA CUNHA E GASTÃO CRULS

Cláudio Silveira Maia

Resumo


Gastão Cruls em A Amazônia que eu vi (1930) e Hiléia Amazônica (1944) e Euclides da
Cunha em Os sertões (1902) perceberam e anteciparam movimentos e desdobramentos
hereditários no curso da formação da nacionalidade ou da natividade do Brasil. Tais
fenômenos sucederam-se, pois, rápida e inexoravelmente, compondo hoje uma população
próxima dos 200.000.000 (milhões) de habitantes. A animação deste quadro, contudo, longe
está de reproduzir a belle époque européia do entre-séculos XIX-XX, bem como de traduzir,
sem extremada compulsão, os ditos anos dourados da economia brasileira não por acaso
compreendidos num período político de vinte e um anos vigido pela ditadura militar (1964-
1984). A propósito, à medida que a população brasileira crescia, cresciam também as
diferenças sociais aumentando a distância entre pobres e ricos, iletrados e esclarecidos e, o
que é pior, ampliava-se o contigente de pobres e iletrados enquanto mantinha-se quase que
inalterada a frisa de ricos e esclarecidos. Em síntese, nossa proposta para esta comunicação
pretende situar dois autores avant la lettre, bem como rediscutir paradigmas históricos que
privilegiaram uma raça e ignoraram muitas durante a formação da nacionalidade do povo do
Brasil.Palavras-chave: Gastão Cruls; Euclides da Cunha; Pós-colonialismo; Neocolonialismo.

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