ETNOFARMACOLOGIA E ETNOBOTÂNICA DE PLANTAS MEDICINAIS COM AÇÃO ANTIPARASITÁRIA

Isânia Geraldina Costa de Andrade, Lucas Del Colle Alexandre, Arielly Furtado Bento de Oliveira, Ilso Fernandes do Carmo, Isanete Geraldini Costa Bieski

Resumo


A utilização de plantas medicinais no tratamento de doenças está presente desde a antiguidade e muitas vezes é o único recurso terapêutico para as comunidades menos favorecidas, pois além de ser mais barato também é mais acessível e fácil de ser cultivada. O parasitismo é caracterizado como uma relação entre o hospedeiro e o parasita, em que provoca doenças parasitárias responsáveis por significativas morbidades e mortalidades. O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo etnobotânico em conjunto com a etnofarmacologia de plantas medicinais com ação antiparasitária. A pesquisa bibliográfica possibilitou registrar 50 espécies, englobadas em 40 gêneros e 27 famílias. Das espécies mencionadas, quatro foram as mais citadas com a finalidade antiparasitária, sendo três de ação anti-helmíntica e uma de ação contra protozoários. Destacaram-se como mais frequente no uso do cotidiano da sociedade a Mormodica charantia (melão-de-são-caetano), Chenopodium ambrosioides L. (mastruz ou erva-de-santa-maria) e Mentha piperita L. (hortelã-miúdo) como ação anti-helmíntica, enquanto que a Artemisia annua (artemísia) destacou-se como antiparasitária em relação a protozoários. O método de infusão de folhas acompanhado de outras partes da planta foi o mais utilizado para a implantação da medicação com o uso de chás. Várias plantas são utilizadas para o tratamento de parasitoses, demonstrado a importância dos estudos etnobotânicos associados à etnofarmacologia para se comprovar a eficácia e segurança como fim de ação terapêutica.

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